Lucas do Habblive: o Martin Luther King… ao contrário
Corredores virtuais, avatares pixelados e… preconceito. Sim, em pleno Habblive Hotel, onde o maior drama deveria ser perder eventos da moderação ou ver alguém levar calote num cassino, existe um personagem que decidiu assumir um papel triste e patético: o de “porta-voz” do racismo.
E esse personagem atende pelo nome de Lucas, promotor da Rádio Habblive, dono de microfone e de uma língua afiada que ele insiste em usar para atacar usuários negros do hotel. Dentro do jogo, ele ostenta um avatar branco, provavelmente achando que pixels claros vêm com manual de superioridade incluído. Spoiler: não vêm.
O curioso (e trágico) é que os corredores virtuais andam sussurrando uma fofoca digna de novela das nove: dizem que, na vida real, Lucas é… negro. Sim, querido leitor, aparentemente nosso “ariano pixelado” pode estar jogando contra o próprio time. É o famoso auto-gol social, aquele momento em que o jogador não só erra a direção, como comemora o ponto contra.
Lucas parece ser a prova viva de que não basta ter acesso à internet, é preciso ter acesso à noção. E, no caso dele, a conexão com a empatia caiu faz tempo. Enquanto a equipe do hotel finge que não vê (ou talvez ache “engraçado”), o racismo segue passeando livremente, pixelado, animado e ganhando espaço na comunidade.
E se Lucas é realmente negro fora da tela, talvez esteja protagonizando a história mais constrangedora desde que alguém trocou nudes com o fake do Salem. Porque, meu querido, se o seu objetivo é se sentir aceito pelos opressores, spoiler de novo: eles nunca vão te aceitar. Você só vai ser o mascote de uma panelinha que ri de você pelas costas, e, no caso, talvez também no chat do discord.
Fica a dica, Lucas: a vergonha a gente pode até passar, mas a gente não precisa transmitir ao vivo na rádio.
